"Desejo outrossim,
que você tenha dinheiro, porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez
por ano coloque um pouco dele na sua frente e diga "Isso é meu", só
para que fique bem claro quem é o dono de quem". (Victor Hugo).
Vende-se cão. Compra-se
dono.
A placa era clara
a intenção também. O mundo movimenta-se de acordo com a lei da oferta e da
procura. Há os que querem comprar e os querem vender ou algo, alguém, quiçá a
si mesmos. Ali não era diferente. Ele precisava de um cão. O animal de um dono.
Feitos os ajustes
necessários para a aquisição de ambos poderiam conviver debaixo do mesmo teto
como iguais. Agora veríamos quem era o dono de quem. O verdadeiro animal e o
verdadeiro homem.
-Juca. Gritou Cláudio,
traga os jornais.
O animal atendeu
a ordem do homem. Trouxe os jornais, posteriormente os sapatos, a sacola de
pães... E uma lista infindável de pedidos.
Juquinha olhava
Cláudio com amor, um amor ferido e humilhado.
-Ai, que
preguiça! Suspirou fundo e colocou os pés na mesinha da sala, ligou a televisão
e começou a assistir o clássico das tardes de domingo: o futebol.
-Juca, traga a
cerveja.
E lá ia o
cãozinho. Um empregado doméstico sem remuneração.
Intervalo do jogo
começaram as propagandas aquilo despertou no homem um desejo que estava latente
há anos. Ganhar dinheiro,enriquecer. Custasse o que fosse necessário.
-Vou ganhar
dinheiro contigo. Repetia pro animal. Vou te ensinar a falar.
Juca não entendia
bem aquilo. Desde quando animais falam? Ele pensava, entendia, um entendimento
ainda bem rudimentar, mas nada que fosse comparado a aprender a falar, não era
humano. Ou o dono que era um animal?
Estava irritado. Que
criatura burra. Onde estariam os seus neurônios? Não pronunciava palavra.
Eis que um dia
foi surpreendido. O cão aproximou-se dele. Notas na boca disse:
-O dinheiro é
meu.
Fugiu com toda a
reserva de dinheiro do dono. Havia aprendido.
Como dito no começo, " E que pelo menos uma vez por ano coloque um pouco dele na sua frente e diga "Isso é meu" "....
ResponderExcluirQue sirva de lição pra quem explora....
Que sirva de lição pra quem é explorado...
Muito bom... gostei.
Raziel
gosteiii mui obrigada ^^
ResponderExcluirpor me indicar o texto!!
parabens!!
mt bom o texto, continue fazendo esse trabalho magnifico e jamais desista de percorrer teus ideais, neste ano tudo dará certo para vc. Drx =D
ResponderExcluirA foto ficou legal hehe
ótimo texto...
ResponderExcluirmuito bom mesmo =) Agora vou ensinar o meu cachorrinho a buscar o jornal, kkkkkkkkk brinks ^^
lição mesmo, para quem é explorado, a gente se surpreende
Está convidada pra ler os outros textos tbm Pri.
ResponderExcluirTreinar o bichinho hein Fran?Cuidado rs
Drx,que bom ver você por aqui rsrs...A foto que deu origem a história,vi no facebook e pensei em escrever algo sobre ela;perguntei a dona se ela cederia a foto caso eu escrevesse um conto e eis que aqui estamos todos comentando algo que nasceu de uma simples,mas curiosa foto.
uhuehuueuheuhuue curti. Muito bom ceci.
ResponderExcluirAinda vale o antigo ditado:
ResponderExcluir"Prefiro ter um cão amigo do que um amigo cão."
Vou torcer para que meus cães nunca aprendam esse lado nada agradável do ser humano...!
Ceci, seus contos evoluíram. Fiquei um tempo sem aparecer por aqui e que surpresa! Você tem noção deste amadurecimento? Parabéns!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ResponderExcluirEssa foi boa!
Muito bom o conto... E o blog também.
ResponderExcluirDo Android
Poderia eu imaginar q uma foto tirada numa simples brincadeira entre minha irmã, minha cachorrinha (Pucca) e eu, renderia um conto de tão elevada qualidade como este?
ResponderExcluirGostei mto da criatividade, do espírito crítico, e da maneira suave com a qual aborda seus leitores.
Parabéns pelo conto, pelos contos, e pelo blog. =D
Onà Nunes
Enfim enfim , pude ler seu conto tão falado,
ResponderExcluirgostei da tematica diferente, da personificação
e do final inesperado, usando meu chara como
influencia deu um toque ainda mais atraente p mim =D
qm é dono de qm ? essa eh uma pergunta p infinitas vezes
ter infinitas respostas .
Muito bom. Adorei esse conto, Ceci.
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