A carta iniciava-se com uma declaração reveladora:
"Amigo,matei seu pai...E agora o que faço?"
O pai estava mesmo morto?Pediu licença e desligou o telefone.Não
continuou a ler a carta,depositou-a na mesinha e discou pros parentes.
-Não.Sua tia não está.Não sei se seu pai está com ela.
Os outros não atenderam.Passou a mão nos cabelos,cruzou as
pernas.Segurou o envelope.
O telefone tocou novamente.Não atendeu.As ligações não paravam,tirou o
telefone da tomada e ainda assim ouvia os seus apelos.Tomou coragem e começou a
ler,sem interrupções.
Logo após a primeira revelação vieram outras:
Éramos amigos,eu e ele.Sou um assassino como declarei logo na linha acima.Estou atormentado,não pense que matei o seu pai...Matei o pai de outrem.Mas desejo saber...E se fosse o seu?Você faria o quê?Mereço perdão?
Fechou a o envelope e sentiu um grande alivio,ao menos seu pai estava
vivo,o cadáver pertencia a outra pessoa.Não recebeu mais ligações depois
daquele dia.
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